quarta-feira, 23 de dezembro de 2009


Ele se equivocou no caminho como o pássaro viajante sem bússula ou asas.Ele transitava pelo labirinto invisível e andava de olhos vendados. Ora, já não era hora dele perceber que os passos eram mais do que laços amarrados em nó e que em sua volta não havia paredes de sonhos concretos nem realidades sonhadas e misturadas naquele caminho cheios de obstáculos?
Eram tortuosas as curvas, mal tinha iluminação. As possibilidades se transformavam em tentáculos do tempo, trazendo dúvidas,incerteza, indagação.
Porém um pé de cada vez, um suspiro de uma vez só e todo aquele nó se desfez como um passe de mágica.
Naquele caminho encantado e atado, onde cada canto era aliado, onde o encantador era alienado, em tanta dor que ja havia passado,ele, sem se dar conta do rumo, pegou um atalho talhado no destino da sua história e escreveu seu nome na memória de dois mil e nós.

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