quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

As vezes é preciso rasgar todas minhas paginas de dentro pra que se possa escrever uma nova historia.E reescrever algo significa jogar fora todos os travessões atravessados no contexto e colocar uma nova pontuação. Fala alto a experiência que brinca de intuição. Reescrevo-me diariamente e acho que assusto quem de fora me olha. Só quem consegue enxergar minha existência entende esse lado lúcido e quase inconsequente de viver. Acredito ser tão minha que as vezes, inconsciente, me perco. É como se eu me trancasse por dentro e guardasse a chave do lado de fora, poucos conseguem me abrir por inteiro. Sou feita de emergências quietas, sou imersa em águas claras e profundas. Meu mergulho no hoje me faz perceber os antônimos que brincam em mim. Corpo quente beijado pelo Sol versus o mar salgado de sonhos, congelando meus pensamentos. Deitada sobre as ondas confundo meus cabelos com as ideias, que ja estavam quase dormentes pelo frio da correnteza. A incerteza de estar certa formigam na mente. Afundo-me em totais exageros por querer-me eu. Meu jeito simples me entende na maioria das vezes. meu jeito urgente me estende ate o limite do meu autoconhecimento. As vezes me aceito com todas as dores e alegrias que meu nome de flor carrega. Outras carrego o fardo de uma sensibilidade exagerada, que cospe no encantamento do meu dia-a-dia inventado. Ainda assim prefiro ser superlativo de mim mesma. Construo-me com todos meus conflitos, pendências, chuvas, decepções, indagações,êxtases, magoas, aplausos, abraços, despedidas, chegadas, renuncias, denuncias, apegos, atalhos, detalhes, consolos, silencio e explosão. Tantas vezes me pego fazendo uma coletânea de mim, bem ao estilo "O melhor de", onde posso somente estar disponível ao que incrementa meu refrão.
Tudo é matéria prima que esculpe essa mola interna que vive no meu dentro. Sou impulso de vida e expulso da minha rotina quem respira acomodação. Porque quase tudo que habita em mim não descansa, arde.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Da inspiração

Ontem fui surpreendida pela invasão das palavras que agitavam meu pensamento. Era como se todas estivessem em um caldeirão, fervilhando emoções contidas e querendo formar conclusões de coisas que eu mesma não sei se podem se dar ao luxo de ter ponto final. Letras precipitadas e verbos que acham estar no presente mais-que-perfeito se misturam a todo tempo, dando forma ao sentimento ao mesmo tempo que se desfiguram em um breve ponto de interrogação. As frases estalam na mente e fogem no meio da madrugada. Desperto desesperada, ou melhor levando pra não deixar deitar o fresco que estão todas as conjugações e conexões ainda que fora do contexto. Ergo as palavras de forma rasa e as afundo a cada frase, amarrando um sentido abstrato, sem acento, sem rumo, sem crase; entre o raso e o profundo, na verdade ainda entre parêntesis. Registro a ideia como quem usa um pretexto pra desabafar. Deixa-me passar. Me da licença poética, pois eu não seria ética se no meio dessa noite não me deixasse levar.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

SÓ mais um SÓ


O belo habita o simples, mas ser simples não significa ser singular.
Você só é singular quando engole o S do Sonho.
Seja Plural com todas as extravagâncias e excessos que isso exige.

Ser muito é ser único. Ser único é ser raro. Seja mais diante de menos. Nunca é demais estarmos sempre acompanhados - 1+1 - nem que seja de nós mesmos.
Ser plural é ser mais. E esse MAIS se torna tão maior, mesmo dentro de toda sua simplicidade.

o EU, o TU e os NÓS

O EU

É generoso doar palavras. É um ato tão nobre quanto dar alimento a quem tem fome.
E eu ando com urgência de me (des)escrever vorazmente. Ando faminta de porquês.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Desembrulha-me.



Hoje quero dar motivos aos sorrisos frouxos. Há muito dessa vida que escurecemos por descuido do nosso olhar. Quero dar a mim o prazer de me desembrulhar. Eu, crua em todas minhas virtudes, pessoa que brinca de ser verso sem rima, metade menina e meio despreocupada com o tempo. Meio vendaval carrego um caos quieto que tem uma parcela estranha de paz que acha ser brisa. Quero acreditar a todo custo que não custa nada amar sem medida, doar-se a vida, se jogar aberta e livremente aos sentimentos mais ocultos que habitam cada alma. E que o MEU e o SEU se misturem a tal ponto que o NOSSO todo seja quase pouco, que o tanto de sonho que ainda me sobra grite silenciosamente ate sentir- te rouco e que eu seja sempre suficiente na minha medida. Que eu desembrulhe a mulher que tem nome de flor e  nasceu na primavera sempre que as dificuldades pintarem a minha porta. E embrulhe o punhado de medo que sobra no canto do peito. E saiba joga-los fora. E que cada tropeço seja como um soluço dos meus pés ( que encontrem solução). Quero que os mistérios da vida se convertam em pingos de aquarela, lavados pelo mar que fogem de meus olhos e ainda assim me desatam os nós do coração e faz de mim e tu - NÓS - tão plurais dentro da nossa singularidade. Não quero ter idade pré definida nem ser banida por não ser igual. Desembrulho minha sensibilidade na sua totalidade, com todos e tantos riscos que isso implica. Quero dar motivos pra essa existência ser sempre uma suplica de mais magia mesmo com toda dose de realidade. Guardo um sorriso na manga e o que me assusta assopro como quem apaga uma vela e faz um pedido. Me chamo presente, sempre embrulhada na deliciosa surpresa do papel da vida.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Bora mudar o rumo da prosa antes que essa prosa mude meu rumo!

e para celebrar esse pensamento comemoro com a querida Marla de Queiroz!


‎"Se, ao acordar, posso escolher uma roupa, posso escolher também o sentimento que vai vestir meu dia. Se, no percurso, posso errar o caminho
posso também escolher a paisagem que vai vestir meus olhos.
A mesma articulação que tenho para reclamar, tenho para agradecer.
E, se posso me adornar com a alegria, não é a tristeza que eu vou tecer.
Que hoje e sempre, seja mais UM BELO DIA!"


Amém!


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Essa sonolência toda esta se aliando a melancolia, que transforma noite em dia e escurece meus olhos de sonhos. Na verdade toda a tristeza esta se alimentando desse sono todo e de tantos desacordos que ando convivendo em meu pensamento. Um momento, quando foi que me perdi? quando perdi o tom, a afinação, pra onde devo ir? 
Melhor adormecer menina. Recostar seus medos vagarosamente no suspiro da noite. Somente ao dormir me esqueço de tanto sofrimento, faço de conta que me acordo, que me recordo e reescrevo essa historia do mesmo jeito que eu um dia li.

"Ela quer saber o que fazer pra parar a dor. Eu não sei. Sei que a mesma chuva que alaga é a que fertiliza poemas, que desata os choros, que prolonga aquele encontro ou o impede. A mesma chuva que me torna introspectiva e preguiçosa é a que enche minhas pétalas de gotinhas tão perfeitas que nutre uma sede absurda que nasci tendo. E quando faz sol, eu me amplio toda e fico ali, crestando, me retorcendo de prazer ouvindo aquele barulhinho delicado e sutil da umidade se ausentando. E deixo, deixo mesmo que a luz entre e transborde o meu solzinho interno, aquele do meu plexo perto do coração, pra que meu olhar se encha de faisquinhas de vida novamente, de mais fome de tudo.

Quando dói em mim, eu deixo. Deixo doer até a última gotinha de água salgada. Depois ela se vai. A dor não quer outra coisa que não seja exercer sua função: doer. E não é banalizando, embotando as emoções que ela vai deixar de surgir de tempos em tempos. Não sei como dói em você, mas por saber como dói a minha dor eu imagino a sua: de tão abstrata incomoda fisicamente, de tão ignorada ela se humaniza...em nós. No que eram laços.

Deixe doer o que for honesto.Deixe alagar seus olhos de chuva, escorrer pelo seu rosto e traçar caminhos sinuosos ou retas perfeitas como fazem os rios. A dor só quer te lembrar que há vida naquilo que você rejeitou porque compunha um outro extremo do que imaginamos ser a felicidade. Ela quer que você adquira sabedoria experimentando a totalidade..."

(Acho que o que mais dói na dor, é porque ela nos deixa tristes).

Marla de Queiroz

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Esse semi adeus esta desbotando meu coração.
Não estava preparada para novas despedidas, frequentes até logo que soam como uma poeira no canto dos sonhos. Eu já devorava urgência de você! Esse pedaço que se vai, esta varrendo todo e qualquer pensamento de amor e o jogando vagarosamente para gaveta dos medos.O agora esta espremendo os segundos disfarçados de hora. Chega a saudade. Não esta dando tempo pra solidão ir embora e eu, fecho as portas dos acontecimentos da minha alma, que agitados por tanta duvida e falta de calma, tiram o chão de meus pés já sem asas.
Boa noite menino.Ao me embalar para dormir, conta em segredo ao meu travisseiro que casa comigo. Pois ele irá me susurrar baixinho visitando meus sonhos. E assim, despertarei menos aflita com o silencio dessa manha que não acorda.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


Meus olhos abrem sem que meu coração amanheça. Queria apenas um colo quente, brincar de cabaninha e pra ela fugir,emergindo meus sentimentos.Queria pedir que o destino me esqueça e precisava de uma boa dose de anestesia no meu novo dia-a-dia, para que eu não entristeça sempre que buscar por seu abraço de quem vem pra ficar.Cada dia que acorda atras da minha janela tem trazido o peso da escuridão da noite, não tenho conseguido brincar de faz de conta e mentir pra mim mesma que será fácil conviver com as horas que estão por vir sem ter você ao lado. Eu queria mesmo amarrar seus pés nos meus sonhos, acalmar o tanto de sal que foge do meu peito através dos olhos meus e junta-lo
ao mel da sua boca, pois somente ela podera me trazer a quietude que minha alma implora.
"Este silêncio é assustador. Não porque talvez ele não seja necessário, mas porque mesmo sendo necessário, ele machuca. E ando muito ferida pra suportar um pouco mais de dor. Então eu queria que alguém me dissesse que vai ficar tudo bem, sabe? Porque esta incerteza toda tem me desnorteado demais. E uma ansiedade aguda toma conta de mim minuto a minuto.E ainda há a saudade.E mesmo que as previsões sejam positivas, tudo ainda me parece tão longínquo!E estou com pressa, e sede e fomes demais. Percebe como minhas palavras estão respirando com dificuldade? Então eu te peço pra não me deixar tão sozinha assim nesta fase. Mesmo que haja sol e as ondas vão e venham incansavelmente me lembrando do movimento da vida, a sua voz me faz tanta falta quanto uma brisa. Não que tenha me faltado companhia, mas em algum momento o abraço termina porque as pessoas têm as suas vidas. E ainda, o barulho das cidades têm me incomodado tanto quanto este silêncio denso. Então eu fico sem saber pra onde ir. E fico tão sonolenta e encolhida no meu canto até que alguém venha me abraçar novamente. E às vezes esse socorro demora tanto por causa da minha necessidade sempre tão urgente de tudo. De paz. Por não querer sufocar ninguém, fico aqui, sufocada."

Marla de Queiroz

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Mais uma pro meu ensaio e sonhos de uma borboLETRA.....

E é através de seus pequenos olhos cafés que eu amanheço.....

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012




“Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.”
Clarice Lispector