terça-feira, 17 de julho de 2012

Gibran Khalil Gibran



"Pois o lírio é uma taça para o orvalho e não para o sangue..."

sexta-feira, 13 de julho de 2012

(re) escrevendo o caminho






Descobri que, para acalmar meu coração preciso acessar o meu dentro mais íntimo.
Nessas descobertas deixamos de ser o outro para ser essencialmente o nós adormecido em algumas esquinas dos nossos sonhos. Percebo que é normal sentir a perda rasgar a alma e escurecer o horizonte, ainda que, essa perda seja da nossa própria consciência de sermos simples na nossa existência.
No silencio do coração acesso o equilíbrio em meus pensamentos. A aflição que muitas vezes habita o peito em busca de explicações razoáveis para fatos inexplicáveis se aquieta, pois a consciência de que tais fatos independem de nós se elevam na sua sabedoria plena.
O coração que respira sereno encontra paz mesmo quando tudo ao seu redor propicia dor. O amor transcorre através do tempo, se torna (a)temporal e faz da chuva água para lavar o espírito e limpar o caminho, por vezes coberto de poeira.
O coração represado, de gota em gota, ao primeiro sinal de chuva derrama toda água contida, tornando inevitável a tempestade. Nessas horas é preciso deixar chover. E é na chuva que temos a opção de escolher: ou lava ou molha. Cada gota que escorrer pelo rosto do tempo lava a alma. Em todos os olhos molhados existe um sorriso invisível no canto da boca, que se alimenta do sal, da água,do sol de cada novo dia e vai semeando nossa alma em silêncio , preparando nosso amanhã para um novo tempo de colheita.
Um coração que vive na quietude do amanhecer, esta vivendo em tempo de plantio. E é preciso silencio, calor e luz para que a imensidão de todo e qualquer bonito sentimento floresça.
...


QUE O VENTO LEVE, QUE A CHUVA LAVE, QUE A ALMA SEJA SEMPRE LIVRE...








terça-feira, 10 de julho de 2012

Lara diz: ô, minha florzinha lilás


Li diz: ta faltando cor no meu lilás, essa flor andou bem desbotada


Lara diz: transmutação!


Li diz: transfusão de cor...


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Li diz pra sempre: e o que seria de você sem nós?


Sempre diz: sem nós? eu desembaraço as idéias, me junto a você e dou um laço.



Li diz: laço que nem esses de presente bem bonito?


Sempre diz: laço de futuro bem amarrado



quarta-feira, 4 de julho de 2012

"Não quero mais ser apenas a mulher fatal, aquela que desatina juízos, desarruma os lençóis e transforma a tua vida num redemoinho doce. Quero ser também a tranquilidade das tardes sonolentas depois do almoço, a fluidez das horas ociosas. Quero ser canto, colo, aconchego, rotina e abrigo de paredes concretas. E uma ponte para o exterior quando a madrugada inquieta... Quero permanecer mais do que estar, sem me preocupar para que direção o vento levará teus desassossegos...
Quero saber-te pleno e estar feliz por isto, seja lá qual for o motivo. Quero saber-me plena e casada com o amor, mesmo que você já não seja mais o foco. Há muito alvoroço de mar em mim, deixa que eu viva e escreva por esta Natureza. (Nasci explícita para que ninguém me guarde num segredo). Sou permanência e transitoriedade. Sou reminiscência e novidade. E sei e sinto e vejo mais do que gostaria. E, se isto me orienta também me angustia. Você sabe: às vezes me falta destreza.
E para que não seja sempre assim tão ácido,
Não sejamos nós, antes sejamos laços:
Desses que se atam e desatam com delicadeza."

Marla de Queiroz