segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Vejo Poesia


Vejo poesia em todo lugar.

a poesia está na lágrima de alegria

no labirinto de sorrisos

e se esconde bem ali, no canto da boca

Esta na sutileza de um olhar

A poesia está em toda parte, em toda forma de arte

na letra que vira canção, na musica que vira dança

na melodia que balança o corpo afogado em vibração.

Vejo poesia na tela pintada em aquarela

No acorde do meu violão

Vejo poesia no silencio e na chuva de palavras

esta no amarelo, no verde, no vermelho e também no preto e branco

esta no movimento lento da minha palpitação

A poesia esta no desenho do sol da areia que fazemos pro tempo abrir

esta no fato de abrir um sorriso só por alguém existir

de se demorar em ir embora por não querer que acabe algum momento

de se deslizar sobre o tempo como aquele que pesca o passado

como uma rede que arrasta o peixe do mar

Vejo poesia no brincar das folhas da natureza

esta na certeza daquela estrada longa

mas também no atalho que chega para me abreviar

A poesia acorda a noite e ilumina o dia

Tem todos os rostos, gostos e nostalgia

E milhares de personagens para assinar

É um narrar de um livro infinito

Que cada um interpreta a sua maneira

É quando calo o que penso ou sinto o que grito

É aquele que foi, que veio ou que ainda ia

A poesia caminha sem rumo, dobra na esquina da inspiração

E entra na rua dos sentimentos redobrando sua atenção

Não mordo, mastigo e cuspo a poesia, degusto suas linhas,

Traços, rabiscos até me descer pela garganta sua real tradução

A poesia esta em todas as línguas

Em todas as bocas, em tantos olhos, em todas as mãos

Só não a quer, quem não vê.



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