Vejo poesia em todo lugar.
a poesia está na lágrima de alegria
no labirinto de sorrisos
e se esconde bem ali, no canto da boca
Esta na sutileza de um olhar
A poesia está em toda parte, em toda forma de arte
na letra que vira canção, na musica que vira dança
na melodia que balança o corpo afogado em vibração.
Vejo poesia na tela pintada em aquarela
No acorde do meu violão
Vejo poesia no silencio e na chuva de palavras
esta no amarelo, no verde, no vermelho e também no preto e branco
esta no movimento lento da minha palpitação
A poesia esta no desenho do sol da areia que fazemos pro tempo abrir
esta no fato de abrir um sorriso só por alguém existir
de se demorar em ir embora por não querer que acabe algum momento
de se deslizar sobre o tempo como aquele que pesca o passado
como uma rede que arrasta o peixe do mar
Vejo poesia no brincar das folhas da natureza
esta na certeza daquela estrada longa
mas também no atalho que chega para me abreviar
A poesia acorda a noite e ilumina o dia
Tem todos os rostos, gostos e nostalgia
E milhares de personagens para assinar
É um narrar de um livro infinito
Que cada um interpreta a sua maneira
É quando calo o que penso ou sinto o que grito
É aquele que foi, que veio ou que ainda ia
A poesia caminha sem rumo, dobra na esquina da inspiração
E entra na rua dos sentimentos redobrando sua atenção
Não mordo, mastigo e cuspo a poesia, degusto suas linhas,
Traços, rabiscos até me descer pela garganta sua real tradução
A poesia esta em todas as línguas
Em todas as bocas, em tantos olhos, em todas as mãos
Só não a quer, quem não vê.