sábado, 4 de agosto de 2012
A gota d’agua
Cansada de ler seus textos cheios de vazios e tentar traduzir as entrelinhas do destino, transbordei meus
olhos e meu peito que ainda insistiam estar inundados de esperança. Cansei de ler
palavras bem amarradas que vem de um sentimento frouxo. Pensamentos articulados
e envolventes, tão convincentes que mergulharam a minha inocência numa realidade
inventada. Cansei de não entender mais nada. Não se pode escoar pelo ralo tanta
intensidade vivenciada pelo tempo, muito menos explicar em palavras todo e
qualquer sentimento. A despedida foi bem
escrita e planejada, mais a mim não foi comunicada e, quando sentida, adormeceu
os cantos e encantos da historia ainda nem contada. Nada detém a força do vento ( e
do sentimento ). E assim como esse texto torto que me desce tão desbotado, não
se pode segurar na palma da mão um punhado de areia em meio a vendaval, do
mesmo jeito que seus verbos jogados A(o) MAR, não se conjugam com suas
atitudes, - afogadas, salgadas, já sem ar.
Peço folego, peço licença, antes que me afogue, preciso me
retirar.
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Um comentário:
Que texto lindo!!! Ah, se toda tortuosidade fosse assim...
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