terça-feira, 26 de junho de 2012
A corda do violão se rompeu.A música parou. O sol pôs o horizonte tão
longe que escureceu o dia, o entardecer desbotou. O desenho à traço e preto e
branco foi colorido até a metade. Os sonhos foram suspensos. Os suspiros
interrompidos. Faltou ar na respiração do destino. A hora pede esmola ao acaso.
O caso de amor virou estrela (de)cadente, fez-se o pedido, cruzou os dedos da
esperança, mas caiu. O desejo de criança se resumiu a um de repente quase
inconsequente, que brincou de ser felicidade.
A pessoa triste é esquecida, não tem idade. A pessoa triste só é
querida pela a solidão. A pessoa triste só te serve quando sorri. O
"nós" virou só um. O um, virou um pó. O pó foi arrastado ao vento e
jogado ao mar, e as vezes, afogados na tristeza das ondas, volta a me
buscar,querendo tocar de novo a mesma música, aquela que esqueci a letra, mas
ainda sei murmurar.
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