sexta-feira, 13 de julho de 2012

(re) escrevendo o caminho






Descobri que, para acalmar meu coração preciso acessar o meu dentro mais íntimo.
Nessas descobertas deixamos de ser o outro para ser essencialmente o nós adormecido em algumas esquinas dos nossos sonhos. Percebo que é normal sentir a perda rasgar a alma e escurecer o horizonte, ainda que, essa perda seja da nossa própria consciência de sermos simples na nossa existência.
No silencio do coração acesso o equilíbrio em meus pensamentos. A aflição que muitas vezes habita o peito em busca de explicações razoáveis para fatos inexplicáveis se aquieta, pois a consciência de que tais fatos independem de nós se elevam na sua sabedoria plena.
O coração que respira sereno encontra paz mesmo quando tudo ao seu redor propicia dor. O amor transcorre através do tempo, se torna (a)temporal e faz da chuva água para lavar o espírito e limpar o caminho, por vezes coberto de poeira.
O coração represado, de gota em gota, ao primeiro sinal de chuva derrama toda água contida, tornando inevitável a tempestade. Nessas horas é preciso deixar chover. E é na chuva que temos a opção de escolher: ou lava ou molha. Cada gota que escorrer pelo rosto do tempo lava a alma. Em todos os olhos molhados existe um sorriso invisível no canto da boca, que se alimenta do sal, da água,do sol de cada novo dia e vai semeando nossa alma em silêncio , preparando nosso amanhã para um novo tempo de colheita.
Um coração que vive na quietude do amanhecer, esta vivendo em tempo de plantio. E é preciso silencio, calor e luz para que a imensidão de todo e qualquer bonito sentimento floresça.
...


QUE O VENTO LEVE, QUE A CHUVA LAVE, QUE A ALMA SEJA SEMPRE LIVRE...








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